sábado, 29 de dezembro de 2007

Lado A

Compreendes a mansidão quando o olhar penetrante de minha face revela um carinho por ti, agora necessito ouvir mais que um pedido sutil de perdão, pois não sei distinguir minhas curas e lembranças.
Parece-me que a cada instante são manifestos dentro da alma, e holocaustos a uma deusa viva, que encanta por ser mulher e governa por ser mulher brava e guerreira, e onde não há regras não há conduta, nem, tampouco, prisão. Quando existe persuasão, certamente, existirá manipulação, e é quando veremos como a liberdade influencia nos sentidos remotos da alma humana.
Onde se destina praças e convivências ecléticas, hotéis e pastagens ofegantes, igrejas góticas, fontes romanas e gigantescos muros, onde meu interior passeia, onde encontro alegria e descanso, onde, naturalmente vivo.
Onde imagino e pescrevo. Onde realizo. Dentro de um olhar negro e ativo o bastante para me fazer retornar a superfície e compreender que desejo a vida, assim como ela me deseja.

Um comentário:

St. disse...

Mesmo na sua forma mais sutil, persuadir tem a ver com manipular. A imperfeição é a grande causadora, não só deste, mas de todos os males. Inclusive do perdão que não ouviste.

Mas deve-se a ela também, o motivo e sentido disso tudo. Porque perfeição pra mim, não é sinônimo de plenitude.


(eu disse que viria.)

Saudações.
***