quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Carta ao Sistema

Vamos adquirir uma vida agradável aos olhos da sociedade, desejamos transformar-nos nos bonequinhos do teatro daquela peça a qual assistimos no Planalto. "Desde quando a alegria alheia nos alegra? Queremos sentir a dor do próximo?"
Estão informados sobre nossos métodos de sobrevivência? Precisamos, realmente, usar a rídicula imagem que informa ou denuncia nossa ignorância?
A nossa saliência pelo poder é mais inútil que nossa sede de água (em si). E a poeira da estrada que não cessa... Ah! Desculpem-me! São as nossas vidas decalcadas. São nossas estradas empanadas, cobertas para que não vejam nossa podridão. Com a presente informação (que já creio que estão informados) demonstramos nosso luto: o País, o mundo que gira em torno de vossas cabeças.
Excelentíssimos, perdoem-me, não posso protestar de outra maneira. Sou apenas aquela que adere aos meios mais difíceis e ao mesmo tempo que vocês fecham os olhos diante dos perdidos com a mão na cabeça eu ponho a caneta na mão e as idéias na cabeça...
Adianta? Não! Perdi meu tempo precioso, pois a esta hora eu já deveria estar dormindo... Mas não me custou um centavo cada sílaba que saiu de minha mente (fraca - devem pensar). Sei que não sou tão prudente a ponto de salvar o mundo, mas não sou tão inútil a ponto de fechar os olhos e virar o rosto, como vocês!

Obrigada pela compreensão!