sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Desequilíbrio escrito em vermelho

Olhei bem pra tua face e agradeci ao céu por estar ali. Teus olhos me diziam mais que um simples "te quero", que eu te devolvia com uma "frase-olhar", nada discreta: "também quero te devorar"...
Nos abraçamos como se tivéssemos nos visto há anos, e uma saudosa lembrança quase que imperceptível nos invadia a alma. Como mergulhadores de encontro às profundezas oceânicas, nos beijamos, dispostos a encarar cada nova descoberta; teu corpo, meu corpo. Nos afagamos e eu podia sentir teu corpo estremecer com o toque de minhas mãos, assim como meu corpo se contorcia ao toque de teus lábios. Tu me afagava os cabelos, a nuca, com a ponta dos dedos e aquilo me fazia delirar, excitando-me, amavelmente.
O quarto pequeno tornara-se, fantasiadamente, o universo inteiro, apenas pra nós dois; ao passo que aumentávamos nossos estímulos mentais ligados naquele místico e envolvente abraço a claridade daquela tarde ensolarada, vinda da janela, parecia cair ao pôr-do-sol, ou seria apenas surtos de nossos hormônios com o calor de nossos corpos despidos e colados com o suor um do outro; um choque perene.
Nada mais nos interessava naquele longo espaço de tempo. Fazíamos amor como qualquer outro casal, mas "sem malabarismos"... Apenas nos desejávamos mais ainda.
Inocência ou malícia, pecado ou perdão, loucura ou sabedoria, tudo ao mesmo tempo; tudo à seu tempo.
E aquela tarde, que não será esquecida, nos trouxe sensações jamais experimentadas, pois ali libertamos nossos medos e esquecemos se éramos culpados ou não...

6 comentários:

Daniele B. disse...

Que meigo.
Amar deve ser isso, sem razão; a ponto de tornar tudo a mais pura inocência!
Adorei.
Beijinho ;*

Maria Helena Sobral disse...

Culpa?
Alguém me ensinou que nada é errado quando o sentimento é puro.
Se vale a pena esperar por ele, imagina viver!
Você já está nessa fase, querida, viva-o como se não houvesse outra coisa para a qual você nasceu!

.:: Danilo ::. disse...

gostei d+ d+ desse texto...ficou mtu bom, tem bastante sentimento e ao msm tempo passa uma sensualidade tbm, quem dera escreve q nem vc

parabens

bjos

Paulinho linha 743 disse...

Palavras bem selecionadas. Há muito sentimento nesse texto. Parece haver muito sentimento nesse fato.
Vc escreve como quem ama o que faz e escreve o que ama.

Bjos!

Marília disse...

Ana, cada vez mais mais, ein?
hehehe

Assim como esse montinho de gente que gostou, eu, obviamente amei!

Ahh, o beliscão não doeu. =D

BjO!

Barbie Destrossada(sic) disse...

É tão sensualmente singelo!Uma fotografia perfeita e muito bem revelada!O puro sentir!

Escutando:
Depeche Mode - halo
(leia-o novamente escutando esta música;o resultado é mais que sublime!)