quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Diga-me onde mora o sofrer.

O que faz refletir a esperança na alma do homem é a vontade de ser aquilo que manifesta sua coragem, sua capacidade...

Nas linhas paralelas do tempo perdido manifestei minha coragem de entender o que estava acontecendo com minha alma; machuquei-me ao ver a esperança de um mundo novo sendo ferido pelos próprios pensamentos e perdidos dentre seus desejos mais íntimos, calados, quietos e muitas vezes sóbrios de que suas almas estavam à mercê de um ataque banal. Nas reticências dos pensamentos mais pobres é uma alma pode calar-se. Enquanto houver a luz do amanhecer a estrada se iluminará, talvez mais calma, talvez mais ágil, nunca parada... E onde se encontra o sentido que a vida seja feita de sonhos? Dentro de minhas palavras inúteis ou entre os espaços vagos que separam a alva do amanhecer e a escuridão da noite sombria? Estou simplesmente tentando calar esse desejo de explodir para a vida, de abrir para os céus as portas do abismo, de fechar minha boca depois de um grito que estrondará a face da terra... Como o feixe de madeira que carrego nas costas, assim pesa minha pobre alma, diante dos que se julgam inferiores. Por que a paz se ausenta e o penhasco se aproxima a cada passo. Uma turbulência de pesares e uma brisa atiram-me no meu ser, querendo provar quem eu sou: Sou Anjo. Sou Fera. Sou Mel e Amargo, juntamente. Sou Estrela. Sou Sonho. Sou Loucura. Sou o que você deseja e sou o que eu penso, mas calo mediante conseqüências piores. Não penso. Não falo. Não sinto e não quero. Desejo. Insisto e calo.
"Ninguém é alto o suficiente que não possa rastejar."
Ninguém cala, ninguém ouve, ninguém sente. E eu? O que penso de ti?
Minha prova memória me enlouquece de sãos pensamentos e mais uma vez, não sei falar. A garganta seca e o peso nas costas não sairá nem que tenha (realmente) que gritar. Como os cristais que caíram, quebrou-se o candelabro e feriu por muitos anos a vida que ainda chorou.
Não quero encontrar-me mais uma vez com a posse da vitória, nem com a batalha perdida.

Só se quisesse te amar novamente.

Sophia Fidélis.

Um comentário:

Maria Helena Sobral disse...

Pesos, desabafos...por que exageram ao lidar conosco, pobres criaturaas que tudo o que precisam é de um papel e uma caneta, um café e inspiração, um amor e um carinho?
Anjo, fera...não importa, Sophia.
O "amor"* não escolhe...ele simplesmente existe.
M.H igualmente abalada.

*Sou descrente de amor.